O Observatório da Despesa em Saúde pretende promover a análise regular das dinâmicas de evolução da despesa em saúde em Portugal. Isto inclui análises relativas ao Orçamento do Estado, execução orçamental, pagamentos em atraso, fontes de financiamento do sistema de saúde, entre outras dimensões.

Esta publicação analisa os desafios económicos associados ao envelhecimento populacional, especialmente no que toca à gestão das pensões de velhice e da poupança privada para a reforma. A poupança de longo prazo é fulcral para que os indivíduos se consigam proteger contra os riscos acrescidos que aumentos da longevidade impõem, como a necessidade de fazer face a despesas de saúde inesperadas na sequência de episódios agudos de elevado custo, ou de despesas permanentes de saúde associadas ao agravamento de doenças crónicas. Em Portugal, contudo, os indivíduos mais velhos têm grande parte da sua riqueza concentrada em ativos ilíquidos como a habitação, o que condiciona a sua capacidade de cobrir despesas diretas em saúde inesperadas. Os adultos com 50 anos ou mais em Portugal apresentam uma elevada aversão ao risco financeiro e um horizonte de planeamento de poupança muito curto, em parte devido à baixa literacia financeira. Este breve relatório destaca a necessidade urgente de promover uma maior literacia financeira em Portugal, para que os indivíduos consigam tomar decisões mais informadas e planear de forma atempada e racional a sua reforma.

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Autores do estudo: Pedro Pita Barros e Carolina Borges da Cunha Santos.

Este relatório faz parte da Social Equity Initiative, uma parceria entre a Fundación ”la Caixa”, o Banco BPI e a Nova School of Business and Economics.