Os protestos dos professores a que temos assistido colocam no centro do debate público um conjubto de desafios, acumulados ao longo de anos e exacerbados pelas dificuldades vividas no período da pandemia, cujas sequelas se estendem aos dias de hoje.

Pedro Freitas, investigador do Centro de Economia da Educação da Nova SBE, tem participado na discussão pública através de diferentes meios de comunicação, apontando, com base nos dados existentes, possíveis caminhos para a melhoria das condiões da classe docente.

Nestas entrevistas, o investigador sublinhou que a atual escassez de professores se irá agravar nos próximos anos, sendo urgente delinearem-se, a curto e a médio prazo, medidas capazes de atrais novos profissionais. Focou-se também nas fragilidades dos atuais modelos de recrutamento, de vinculação e de evolução da carreira. Reconhecendo as dificuldades inerentes à avaliação dos professores, realçou o potencial formativo de um modelo de avaliação que permitisse personalizar a distribuição de recursos pedagógicos e adequar a alocação dos professores às suas reais necessidades e apetências.

Foi sublinhada ainda a necessidade de não se ignorarem as perdas de aprendizagem significativas que decorreram no contexto da pandemia e ainda não foram recuperaradas, salientando-se que estas perdas tenderão a aumentar as desigualdades entre alunos de diferentes condições socioeconómicas, o que torna a defesa da escola púbica um tema de particular importância.

Pode ler a sua entrevista na CNN aqui, a sua participação no programa Essencial de Conceição Lino aqui e ler a sua entrevista à Comunidade Cultura e Arte aqui.